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Censo QuintoAndar de Moradia: como o brasileiro vê sua casa e a importância de conhecer a fundo essa relação

O que os brasileiros pensam sobre sua atual moradia? Estão passando mais tempo em casa? Desejam se mudar? O que têm no imóvel e o que sentem falta de ter? Como avaliam o seu bairro? O quanto gastam de aluguel ou financiamento e como isso compromete seus orçamentos? 

O Censo QuintoAndar de Moradia, feito em parceria com o instituto Datafolha, ouviu mais de 3 mil pessoas ao redor do Brasil para responder a todas essas questões. O objetivo: entender, em detalhes, a relação dos brasileiros com o seu lar. Foram feitas mais de 35 perguntas.

Dividida em três partes, a pesquisa fala sobre comportamento, mobilidade e planejamento. Divulgado recentemente à imprensa, o último capítulo do levantamento dá foco à gestão financeira dos brasileiros em relação à moradia. A pesquisa mostra que boa parte dos que planejam se mudar nos próximos anos quer comprar um imóvel, mas que a maioria não tem nenhum planejamento financeiro para isso. Nem dinheiro.

Dado que o último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi feito há mais de dez anos, a pesquisa feita pelo QuintoAndar ganha ainda mais importância. A despeito das diferenças metodológicas e do tamanho da amostra, o estudo tem uma margem de erro de apenas dois pontos percentuais. E seus resultados referendam números verificados na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Levando em conta que as perguntas feitas extrapolam ainda o recenseamento tradicional, é seguro dizer que se trata da maior pesquisa já feita sobre o morar no Brasil.

Nas duas primeiras divulgações aos veículos de comunicação, foram revelados dados que mostram, sobretudo, a importância da casa própria para a população.

A nota dada a ela (9.7) fica acima da média verificada para religião, casamento e filhos, por exemplo. O estudo mostra também que 87% das pessoas concordam que a casa é um sonho – percentual que é ainda maior entre os jovens, colocando abaixo o senso comum de que juntar dinheiro para conquistar um imóvel é algo antiquado e um desejo restrito aos mais velhos.

A casa própria também já é uma realidade para a maioria da população: 70% dizem ter uma moradia em seu nome (mesmo que parte ainda esteja financiando o imóvel).

É interessante ver como a preferência por cada cômodo se altera dependendo da idade e da classe social ou de como a vontade de mudança está atrelada a diversos fatores, como a proximidade de áreas verdes e a coleta de lixo.

A pesquisa também deixa evidente algo que é bastante perceptível no dia a dia: a pandemia, sem dúvida alguma, ressignificou a relação das pessoas com a moradia.

Analisar todos esses dados, bem como compreender a mudança de hábitos dentro de casa durante a crise sanitária, é tarefa essencial para pensar, produzir e oferecer serviços e soluções conectados a esse novo tempo. 

Por isso, o Censo de Moradia surge com um propósito semelhante ao do próprio QuintoAndar: abrir portas para que as pessoas possam morar melhor.

Mais que utilizar os dados para testar hipóteses e reafirmar conceitos, o objetivo é, de fato, democratizar o acesso a esse material. Não à toa, o QuintoAndar se uniu a um estúdio de design renomado e construiu uma página que facilita a compreensão de todas as informações, não só por parte do público, mas de todo o ecossistema imobiliário.

É conhecendo a fundo os desejos e os anseios da população que se constrói um futuro ainda mais promissor no mercado residencial do país.

Thiago Reis é jornalista e gerente de Dados do QuintoAndar

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